August Suerdieck de empregado da Ottens para fundador da maior Fábrica de Fumos e Cigarrilhas Instalada no Recôncavo Baiano no final do século XIX, possuindo de início mais ou menos 50 funcionários, Suerdieck tem seus trabalhos de exportação de fumos principiado no município de Cruz das Almas. Com auxílio do seu irmão Ferdinand Suerdieck são abertos armazéns em Maragogipe, Santo Antônio de Jesus, São Félix e São Gonçalo dos Campos, passando assim a se dedicar ao cultivo do tabaco e manufatura de charutos. Movendo a economia do Recôncavo Baiano, gerando empregos em massa a Fábrica de charutos Suerdieck abre a sua primeira fábrica na cidade de Maragogipe em 1910 contando com 200 funcionários de sua grande maioria mulheres “as charuteiras” mesmo com todas as adversidades de início essas estavam sendo vencidas, utilizando de canais ferroviários e fluviais como meio de exportação, importação e assim consequentemente trazendo urbanização e avanços para onde se tinham filiais instaladas a Suerdieck com três fábricas ativas na época chegou a reunir pouco mais pouco menos de 4 mil empregados, liderando um ranking mundial quando o assunto era charutos feitos à mão. Passando pelas dificuldades da Primeira Guerra Mundial, a Suerdieck continuou resistindo e após o término da guerra voltou-se a produção a todo vapor, fazendo assim com que se tivesse a necessidade de abertura de um novo espaço, constrói-se uma ponte para a ligação entre a fábrica antiga e nova fábrica. Em 1919 os funcionários decretam greve por melhoria na folha de pagamento, em 1925 acontece a segunda greve de funcionários após o afastamento de três operárias, passando por greve de funcionários e segunda guerra mundial em 1946 Gerhard Suerdieck decide transformar a Suerdieck & Cia em uma sociedade anônima, passando a ser Suerdieck S.A Charutos e Cigarrilhas, com sede em Salvador.Em 1955 em comemoração aos cinquenta anos a Suerdieck lança uma nova marca além das 57 marcas que já se tinha no mercado lançam a ‘Jubileu de Ouro’ em 1970 a empresa passa por uma crise financeira, com o aumento dos gastos para sua fabricação e o fato da indústria de cigarros está em crescimento abundante o que começou a tornar o uso do charuto um verdadeiro artigo de luxo, mesmo tendo ajuda de recurso do Banco Central a crise tomou proporções grande passando o controle da Suerdieck em 1975 para o grupo Alemão Melitta, foi o último documento que Geraldo Meyer Suerdieck assinou como presidente da Suerdieck S.A. Charutos e Cigarrilhas. Mesmo com o alto investimento desta nova empresa na Suerdieck a qualidade estava despencando, A Melitta saiu da Suerdieck deixando a empresa financeiramente tranquila, sem dívidas, porém comercialmente arruinada. Com esta volta a Suerdieck ponderou suas atividades em duas cidades, eram elas Maragogipe e Cruz das Almas, decidindo fechar a sede de Maragogipe pois a cidade já não tinha o mesmo rotativo comercial do início. “A fábrica da Suerdieck em Maragogipe, que chegou a ser a maior do mundo na produção de charutos artesanais, funcionou até o dia 5 de novembro de 1992. Esta data marca o fim da era dos charutos em Maragogipe, que durou 140 anos.” - Ubaldo Marques
Com a fábrica de Maragogipe fechada, a sede de Cruz das Almas tornou-se então a principal.
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